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A evolução do relacionamento sexual e a felicidade



Maravilhosamente no Brasil podemos, finalmente, encontrar ou comprar até pela internet (ou baixar arquivos semelhantes) livros excelentes e sem censura. A Humanidade demorou para chegar a esse ponto, ou melhor, uma fração dela pois a miséria material e (ou) cultural ainda mantem grande parte dos seres humanos na ignorância. Deve até assustar ditadores religiosos ou políticos a possibilidade de maior acesso à cultura pelas redes sociais, emails, e-books, emissoras de rádio e TV e até pelo contato com turistas.
Só agora, depois de séculos após a invenção da imprensa e generalização da arte da escrita e leitura, podemos encontrar certa tranquilidade para ler, estudar e aprender o que quisermos. Sempre é bom lembrar os rituais de queima de livros e a proibição de difusão de leitura “subversiva”...
Precisamos acreditar na liberdade e na capacidade humana de fazer boas escolhas, ainda que alguns, por problemas pessoais, familiares ou sociais se deixem dominar pela pior leitura.
Existem agora livros tratando de uma imensa gama de temas e disciplinas. O interessante é a dificuldade de encontrar trabalhos dedicados ao sexo inteligente associado ao amor. A necessidade de praticá-lo é evidente nas perturbações que acontecem quando pessoas até inteligentes procuram reprimir algo tão natural. O que espanta, mais ainda, é a ignorância da associação do instinto sexual ao relacionamento com a pessoa amada, algo que destrói muitos casamentos e famílias.
Precisamos ensinar nossos filhos, netos, bisnetos a serem felizes, assim como o educador tem o tremendo desafio de colocar essas questões de forma objetiva e ao mesmo tempo respeitando e fortalecendo a sensibilidade poética e romântica das pessoas. Estamos preparados para esse tipo de aula?
As estatísticas demonstram problemas sociais gravíssimos em nosso país. A gravidez precoce, a escravidão da mulher, a violência contra a mulher (Ações ODM em Curitiba e RMC), a frieza masculina e a destruição de relacionamentos que começaram tão bem, acabando, contudo, em duelos violentos e desmoralização recíproca.
Por que a união estável é difícil?
Podemos e devemos perguntar a esses pares se souberam cultivar o relacionamento sexual de forma inteligente, associando-o de forma adequada à cultura do casal. É fácil perceber quando isso não acontece. A brutalidade ou a frieza crescem e a separação torna-se até necessária.
Estamos em tempos consumistas, ególatras e de ostentação, esquecemos a humildade, a sensibilidade das pessoas, os carinhos e agrados tão necessários a uma vida feliz.
Parece que a alegria só é possível com luzes e sons fortes, bebidas e sentimentos estimulados artificialmente. Será que ao amadurecer, envelhecer e parar para pensar terá sido um conjunto de lembranças gratificantes?
Precisamos pensar no conjunto e quando, nos momentos mais íntimos, aplicar nossos instintos de forma gratificante e estimulante de bons sentimentos. Para isso é fundamental conhecer a pessoa com quem estamos e vice versa. De alguma forma impõe-se a recuperação de fantasias poéticas, românticas e delicadas, a menos que as pessoas sejam sadomasoquistas. Afinal entre os dois extremos de definição sexual e comportamental existem universos de alternativas...
Tratar o relacionamento humano de forma ampla e sem preocupações atávicas é fundamental à evolução humana.
A inteligência sexual, tendo como base um instinto humano, deve ser cultivada com arte e competência.

Cascaes
18.3.2013
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Ações ODM em Curitiba e RMC: http://odmcuritiba.blogspot.com.br/




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